segunda-feira, 6 de junho de 2011

Améria Do Sul " Caracteristicas Sociais "

A América do Sul é um continente ou subcontinente que compreende a porção meridional da América. Sua extensão é de 17.819.100 km², abrangendo 12% da superfície terrestre e 6% da população mundial. Une-se à América Central, ao norte, pelo istmo do Panamá e separa-se da Antártica pelo estreito de Drake. Tem uma extensão de 7.500 km desde o mar do Caribe até o cabo Horn, ponto extremo sul do continente. Os outros pontos extremos da América do Sul são: ao norte a Punta Gallinas, na Colômbia, ao leste a Ponta do Seixas, no Brasil, e a oeste a Punta Pariñas, no Peru. Seus limites naturais são: ao norte com o mar do Caribe; a leste, nordeste e sudeste com o oceano Atlântico; e a oeste com o oceano Pacífico.
No século XIX, o continente recebeu cerca de 15 milhões de imigrantes provenientes da Europa,e sofreu influências culturais e ideológicas tanto dos Estados Unidos quanto da Europa. A rápida urbanização superou a oferta de emprego e moradia.
Como esforço para estimular o comércio, a produção e a integração sul-americana como um todo, firmaram-se acordos e organizações econômicos como o Pacto do ABC em 1915, a Comunidade Andina de Nações (CAN) em 1969, a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) em 1960, que foi substituída pela Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI) em 1981, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) em 1995. E em 23 de maio de 2008, foi assinado o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) na cidade de Brasília, onde foi estruturada e oficializada a União estabelecendo oficialmente a integração econômica entre os Estados soberanos do subcontinente em meio à III Cúpula de Chefas e Chefes de Estado e de Governo da América do Sul.
A América do Sul possui vastos recursos naturais e graves problemas econômicos e sociais. Em razão do alto endividamento externo e interno, vários países sul-americanos aplicam as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), que comprimem as contas públicas mas não eliminam as crises.
A indústria está concentrada no beneficiamento de produtos agrícolas e na produção de bens de consumo, com destaque para a indústria automobilística. No Brasil e na Argentina encontra-se mais diversificada, abrangendo setores como extração, refino de petróleo e siderurgia. O Brasil é responsável por cerca de três quintos da produção industrial sul-americana. A mineração inclui a extração de petróleo (com destaque para a Venezuela), cobre, estanho, manganês, ferro e outros. A agricultura é intensiva nas áreas tropicais, onde há culturas voltadas para a exportação (café, cacau, banana, cana-de-açúcar, cereais). A pecuária é praticada em larga escala no sul e no centro.

Améria Do Sul " Caracteristicas Econômicas "

A América do Sul experimentou, a partir de 1930, um notável crescimento e diversificação na maioria dos setores economicos. Grande parte dos produtos agrícolas e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado interno. No entanto, a exportação de produtos agrícolas é fundamental para o equilíbrio da balança comercial da maioria dos países.Os principais cultivos agrários são justamente os de exportação, como a ssoja e o trigo. A produção de alimentos básicos como as hortaliças, o milho ou o feijão é grande, mas voltada para o consumo interno. A criação de gado destinada à exportação de carne é importante na Argentina, no Paraguai, no uruguai  e na Colômbia. Nas regiões tropicais os cultivos mais importantes são o café, o cacau e as bananas, principalmente no Brasil, na Colômbia e no Equador. Por tradição, os países produtores de açúcar para a exportação são: Peru, Guiana e Suriname, sendo que no Brasil, a cana-de-açúcar também é utilizada para a fabricação de álcool combustível. Na costa do Peru, noroeste e sul do Brasil cultiva-se o algodão.


Cinquenta por cento da superfície sul-americana está coberta por florestas, mas as indústrias madeireiras são pequenas e direcionadas para os mercados internos. Nos últimos anos, no entanto, empresas transnacionais vêm se instalando na Amazônia para explorar madeiras nobres destinadas à exportação.
As águas costeiras do Pacífico da América do Sul, são as mais importantes para a pesca comercial. A captura de anchova chega a milhares de toneladas, e também é abundante o atum, dos quais o Peru é um grande exportador. A captura de crustáceos é notável, particularmente no nordeste do Brasil e no Chile.
Apenas Brasil e Argentina fazem parte do  países industriais, enquanto que somente o Brasil integra o (as nações mais poderosas e com maior influência do planeta).
No setor de turismo, se iniciaram em 2005 uma série de negociações com objetivo de promover o turismo e aumentar as conexões aéreas dentro da região. Punta del Este, Florianópolis e Mar del Plata se encontram entre os principais balneários da América do Sul.







País↓PIB (nominal) de 2007[91]↓PIB (PPC) de 2007[92]↓PIB (PPC) per capita de 2007[93]↓IDH de 2007[94]↓
 Argentina








245 600









523 700









13 000









Green Arrow Up Darker.svg 0,866
 Bolívia








12 800









39 780









4 400









Green Arrow Up Darker.svg 0,729
 Brasil








1 269 000









2 817 900 (2009)









9 700









Green Arrow Up Darker.svg 0,813
 Chile








160 800









243 700 (2009)









14 700









Green Arrow Up Darker.svg 0,878
 Colômbia








171 700









320 400









7 200









Green Arrow Up Darker.svg 0,807
 Equador








44 500









98 280









7 100









Green Arrow Up Darker.svg 0,806
 Guiana








978









4 057









5 300









Green Arrow Up Darker.svg 0,729
 Paraguai








9 340









26 550









4 000









Red Arrow Down.svg 0,761
 Peru








101 500









217 500









7 600









Green Arrow Up Darker.svg 0,806
 Suriname








2 234









3 449









7 800









Green Arrow Up Darker.svg 0,769
 Uruguai








21 170









44 520 (2009)









10 700









Green Arrow Up Darker.svg 0,865
 Venezuela








226 900









335 000









12 800









Green Arrow Up Darker.svg 0,844

Améria Do Sul " Vegetação "


A cobertura vegetal é complexa, especialmente nos planaltos e nas áreas em que ocorrem diferenças de precipitação pluviométrica .As florestas tropicais úmidas são bastante extensas, cobrindo a bacia Amazônica, onde constitui a Hiléia, a faixa atlântica brasileira, desde oNordeste até Santa Catarina, e a franja litorânea do Pacífico, entre os golfos deGuayaquil e Maracaibo.
Uma zona semicircular de florestas temperadas de araucária reveste parte do planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria estende-se sobre os Andescentro-meridionais chilenos, e florestas tropicais descontínuas compreendem a região do Chaco, ao sul da Bolívia, norte da Argentina e oeste do Paraguai.
Existem vastas áreas de campos e savanas. Característicos da bacia do Orinoco são os lhanos (llanos), denominação local das savanas. No Nordeste brasileiro, sob um clima semi-árido, aparece a caatinga e, correspondendo ao clima tropical, estendem-se os cerrados do Brasil central. Os páramos, vegetação estépica de altitude, cobrem amplas porções dos planaltos interandinos do Equador e do Perusetentrional, enquanto os pampas apresentam também uma vegetação estépica úmida, no arco que circunda a região platina, seca no oeste e no planalto da Patagônia. E a vegetação desértica das punas, predomina em larga faixa do litoral do Pacífico, no Peru centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina.

Améria Do Sul " Clima "



A distribuição das temperaturas médias na região apresenta uma regularidade constante a partir dos 30º de latitude sul, quando as isotermas tendem, cada vez mais, a se confundir com os graus de latitude.
Nas latitudes temperadas, os invernos são mais quentes e os verões mais frios do que na América do Norte. Pelo fato de sua parte mais larga localizar-se na zona equatorial, a região possui mais áreas de planícies tropicais do que qualquer outro continente.
As temperaturas médias anuais na bacia Amazônica oscilam em torno de 27ºC, com pequenas variações estacionais. Entre o lago de Maracaibo e a foz do Orinoco, abrangendo toda a bacia desse rio, predomina um clima tropical do tipo senegalês, que engloba também o centro-leste do planalto Brasileiro, incluindo a alta bacia do Paraná, quase toda a bacia do São Francisco, a maior parte do território do Paraguai e o sudoeste da Bolívia.
O centro-leste do planalto Brasileiro possui clima tropical úmido e quente. As partes norte e leste do pampa argentino clima temperado oceânico, enquanto as faixas oeste e leste tem clima temperado, mas de caráter continental mais seco. Nos pontos mais elevados da região andina, os climas são mais frios do tipo norueguês. Nos planaltos andinos, desde o norte da América do Sul até o trópico de Capricórnio, predomina o clima quente, embora amenizado pela altitude, enquanto na faixa costeira, a oeste dos Andes, desde o extremo norte até o golfo de Guayaquil, registra-se um clima equatorial do tipo guineano. Deste ponto até o norte do litoral chileno aparecem, sucessivamente,climas mediterrâneo oceânico, temperado do tipo bretão e, já na Terra do Fogo, clima frio do tipo siberiano.
A distribuição das chuvas relaciona-se com o regime dos ventos e das massas de ar. Na maior parte da região tropical a leste dos Andes, os ventos que sopram do nordeste, leste e sudeste carregam umidade do Atlântico, provocando abundante precipitação pluviométrica: totais anuais de 2.200 a 3.000mm no baixo Amazonas e no litoral das Guianas, de 1.500 a 1.800mm no médio Amazonas, e de 2.200 a 3.800mm no trecho superior da bacia. Nos lhanos do Orinoco e no planalto das Guianas, as precipitações vão de moderadas a elevadas. O litoral colombiano do Pacífico e o norte do Equador são regiões bastante chuvosas, enquanto o golfo de Guayaquil assinala a transição para as faixas litorâneas secas do Peru e do norte do Chile. Odeserto de Atacama, ao longo desse trecho da costa, é uma das regiões mais secas do mundo. Os trechos central e meridional do Chile são sujeitos a ciclones, e a maior parte da Patagônia argentina é desértica. Nos pampas da Argentina, Uruguai e Sul do Brasil a pluviosidade moderada, com chuvas bem distribuídas durante o ano. As condições moderadamente secas do Chaco opõe-se a intensa pluviosidade da região oriental do Paraguai. Na costa do semi-árido Nordeste brasileiro as chuvas estão ligadas a um regime de monções.
Fatores importantes na determinação dos climas são as correntes marítimas. A corrente de Humboldt é, em parte, responsável pelo esfriamento da costa do Pacífico, enquanto a corrente das Malvinas conserva frio o litoral argentino. A corrente equatorial do Atlântico Sul esbarra no litoral do Nordeste e aí divide-se em duas outras: a corrente do Brasil, que dirige para o sul, e uma corrente costeira que flui para o noroeste rumo às Antilhas. No litoral norte do Pacífico, a contracorrente envia suas águas quentes até as praias ocidentais da Colômbia eEquador.

Améria Do Sul " Relevo "


Primitivamente ligada à África, com a qual compunha o continente da Gonduana, de que também faziam parte Madagascar, península Arábica, Índia e Austrália, a América do Sul era representada, basicamente, por três massas cristalinas, separadas por braços de mares rasos: o escudo Brasileiro, o escudo Guiano e o escudo Patagônico. O mares epicontinentais situavam-se em áreas correspondentes às atuais bacias Platina a Amazônica. Os escudos Brasileiro e Guiano apresentam traços de dobramentos antigos, pré-cambrianos e pré-devonianos, o mesmo se verificando no Cretáceo com o escudo Patagônico. O período de fortes erosões, que se seguiu à formação desses dobramentos, carreou enorme massa de sedimentos para a depressão longitudinal ocidental, o chamado geossínclineo Andino. No Cretáceo, quando parece ter-se iniciado o desligamento do bloco africano do brasileiro, começaram também os primeiros esforços tangenciais que, atuando sobre geossinclíneo Andino, dobraram as camadas sedimentares acumuladas, dando origem à cordilheira dos Andes, já no Terciário. Esses mesmos esforços tangenciais, atuando sobre os três grandes escudos, apenas conseguiram arqueá-los, como ocorreu no escudo Brasileiro, que, nas áreas de maior fraqueza da flexura, fraturou-se, produzindo falhas escalonadas que aparecem no seu rebordo atlântico e bem representadas pela serra do Mar.
Uma vez formada a cordilheira dos Andes, ocorreu quase simultaneamente a regressão dos mares que cobriam as partes mais baixas dos escudos ou entre estes e os Andes. Dessa forma, à deposição de detritos, que já se verificava antes mesmo do aparecimento dos Andes — graças aos sedimentos provenientes da erosão do planalto Brasileiro e doplanalto das Guianas —, vieram juntar-se também os sedimentos de origem andina.
Com relação à bacia Amazônica, o levantamento do bloco andino barrou o escoamento das águas para oeste e, com o aumento dasedimentação, a bacia adquiriu um aspecto lagunar. A formação da drenagem e das cabeçeiras principais forçou o escoamento para leste. A partir de então, a sedimentação passou a ter como fator preponderante o trabalho fluvial.
A evolução da sedimentação da bacia do Orinoco não teve seqüência muito diferente da bacia Amazônica, sendo certo sobre o cristalino predominou a sedimentação marinha.
Quanto à planície do Pampa, pois, ao que parece, a sedimentação, até o final do Mesozóico, ocorreu em ambiente marinho ou em conjunto de grandes lagunas. Mas no Terciário, com a formação dos Andes, o braço de mar que separava o escudo Patagônico do Brasileiro regrediu até que a maior parte da planura pampiana ficou sob o domínio da acumulação continental. De outro lado, no Mesozóico e Paleozóico, os sedimentos provieram das áreas cristalinas das áreas soerguidas do norte (planalto Brasileiro) ou do sul (escudo Patagônico), enquanto noTerciário a planície começou também a receber os sedimentos dos Andes.
O relevo dessa área plana, baixa e quase contínua, representada pelas planícies do Orinoco, Amazônica e do Pampa, a par de uma série de semelhanças, possui características próprias. A planície Amazônica é um imenso funil que desce suavemente em direção ao Atlântico a partir dos sopés andinos, embora os abalos da formação andina tivessem provocado fraturamentos e a abertura da fossa do Marajó, além de flexuras em sua parte ocidental, os desníveis máximos em superfície resultaram num encaixamento do rio Amazonas e seus afluentes. Naplanície Amazônica, encontra-se a maior rede hidrográfica do mundo, com uma área de cerca de 7.000.000 km².
Ao norte da planície Amazônica, estendendo-se por quase 500.000 km², surge a bacia do Orinoco, que vai dos últimos rebordos dos Andes, a oeste, até o Atlântico, a leste. A planície é baixa, deprimida na sua parte central, onde alcança 40m de altitude, mais elevada para oeste, em direção aos planaltos andinos, onde chega 200m, e para leste, onde as mesas atingem de 200 a 300m. Do lado leste da planície, ao norte do Orinoco, os rios cortam mesas de arenitos, enquanto ao sul atravessam terraços de seixos rolados, que mais adiante dão lugar aareias e argilas. A planície do Orinoco é continuada para o sul através de lhanos do Beni, de Mojos, Guarayos e de Chiquitos, que constituem, em sua maior parte, meras extremidades ocidentais da planície Amazônica.
Ao sul da Bolívia, inicia-se uma região que abrange toda a metade ocidental do Paraguai e nordeste da Argentina, termo de transição entre as planícies do norte e a planície do Pampa: o Chaco, depressão afunilada, baixa (200 a 300mm), cercada a oeste pelos rebordos planaltinos dos Andes e das serras pampianas, e a leste pelos rebordos do planalto Brasileiro.
Ao sul do Chaco, estendem-se os pampas, região plana, com cerca de 200m de altitude, deprimida sua porção central, onde formaram bacias sem escoamento para o mar, como a Salado do Norte ou a do Mar Chiquita. A noroeste da província de Buenos Aires, erguem-se as serras pampianas, dobramentos paleozóicos, rejuvenescidos depois, provavelmente aos movimentos que causaram a elevação dos Andes. A serra de Famatina (cerca de 6.000m) é a mais alta desse conjunto, onde também se destacam as serras de Fiambala, Velasco, Ancasti, Córdoba, San Luis e Tandil.
Diferente é o aspecto morfológico geral da região situada a leste das referidas planícies, formando a segunda importante faixa de relevo da América do Sul. Trata-se do planalto Brasileiro e seu prolongamento para o norte, o planalto das Guianas. Este último, situado entre asplanícies do Orinoco e Amazônica, estende-se pela fronteira brasileira com as Guianas e com a Venezuela, tendo como ponto culminante opico da Neblina (3.014m). A escarpa do planalto, do lado sul, desce abruptamente até encontrar uma plataforma de cerca de 200m de altitude que faz a transição para planície Amazônica. Para o norte, em direção à planície do Orinoco, suas vertentes são mais suaves, formando mesas de 200 a 300m de altitude. Depois da interrupção produzida pela planície a área planaltina prossegue para o sul, constituindo-se no planalto Brasileiro, com cerca de 5.000.000 km², que cobre a maior parte do território brasileiro e uruguaio.
Interrompidas mais o sul pelos depósitos pampianos, as formas planaltinas reaparecem ao sul do rio Colorado (Argentina), constituindo oplanalto da Patagônia, formado por um embasamento cristalino, que aflora em diversos locais, elevando-se, às vezes, até 1.000m de altitude, e por uma cobertura sedimentar que compreende terrenos mesozóicos e cenozóicos. Apesar do domínio das formações continentais, há sinais de transgressão marinha na costa, que penetrou profundamente até Neuquén, a oeste do golfo de San Jorge e na região subandina da Patagônia meridional. Os depósitos sedimentares consistem principalmente em arenitos vermelhos, cinzas, argilas etufos, enquanto os basaltos formam as partes mais elevadas do planalto. A superfície atual parece corresponder a um peneplano, cuja formação data do fim do Plioceno. Movimentos posteriores de soergimento aprofundaram os vales na massa sedimentar. Os valespatagônicos, que em regra se caracterizam por uma topografia semi-desértica, possuem perfis longitundinais com forte inclinação, largostalvegues cercados por altas vertentes, onde os lençóis eruptivos resistentes afloram acima dos arenitos móveis, e cujos escarpamentos são desgastados pelos ventos. Como os soerguimentos pós-pliocênicos não se fizeram uniformemente, restaram áreas deprimidas, às vezes fechadas, como as dos lagos Musters e Colhué Huapi, de caráter tectônico, e as dos bajos de San Juan, Vacheta e Gualicho, todos resultantes da erosão eólica. O trabalho de aluviamento por via eólica ocasiona, no planalto, depósitos de finos grãos, e o pó acumulado nas depressões e fixado pela umidade acaba formando argila. Mas se a depressão é fechada, ou se a circulação das águas é reduzida, a argila torna-se salgada, formando os salitrais. Se no entanto, as águas subterrâneas têm seu escoamento assegurado, a argila eólica, forma omalín, cuja zona de ocorrência corresponde a áreas mais úmidas situadas nas proximidades dos Andes e nos rebordos dos maciços mais elevados. Ao sul de Santa Cruz, as argilas de blocos morâinicos completam os vales e, a partir de Gallegos, cobrem a maior parte doplanalto.
O oeste da América do Sul é ocupado pela terceira grande faixa morfo-estrutural e que constitui a extensa cordilheira dos Andes, que se estende desde o norte da Venezuela até o sul do continente.
A par dessas três áreas morfo-estruturais, observa-se um grande contraste morfológico entre o litoral do Atlântico (16.000km de extensão) e o do Pacífico (9.000km).
O litoral atlântico é, em geral, baixo, de fraco declive, arenoso ou constituído de depósitos fluviais e ostenta uma larga plataforma continental. Além disso, é rico em acidentes, tais como os golfos de Darien e da Venezuela; penínsulas de Goajira e Pária (mar das Antilhas); golfos de Pária, São Matias e São Jorge; baías de São Marcos, Todos os Santos e Guanabara; e as grandes embocadoras dosrios da Prata e Amazonas, os rios desempenharam papel importante na configuração do litoral, como na formação do delta do Orinoco, de grande parte das ilhas da foz do Amazonas e do delta do Paraná. Mas tiveram importância também a erosão marinha, como nas costasuruguaias e brasileiras, e os movimentos epirogênicos, como no levantamento do litoral patagônico, as oscilações da costa pampiana e o afundamento de parte do litoral nordestino brasileiro.
As costas do Pacífico são altas: as grandes altitudes se opõem imensas profundidades submarinas, quase não existindo plataforma continental. Seus principais acidentes são os golfos de Guayaquil, Arica e Corcovado, e a península de Peñas. A única área mais acidentada é a situada ao sul, onde aparecem ilhas e arquipélagos, como o de Chonos, Madre de Díos, Reina Adelaide, além da ilha daTerra do Fogo, separada do continente pelo estreito de Magalhães.